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A Causa

Para a igualdade de género no desporto através da média-arte digital

No artefacto Paralelo 3 está implícita a causa da igualdade de género, que é o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5, de acordo com os 17 Objetivos traçados em 2016 pela UNESCO. Aprovados por 193 Estados-membros da ONU em 2015, e em vigor a partir de 2016, os ambiciosos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da UNESCO (que se desdobram em 169 metas) são o plano mundial partilhado para acabar com a pobreza extrema, reduzir a desigualdade e proteger o planeta até 2030. (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, s/ d.) 


O Objetivo 5 visa alcançar a igualdade de género e empoderar todas as mulheres e raparigas. Dentro dele, encontram-se diversas metas. A primeira da lista é “acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e raparigas, em todo o mundo”. Entre outras, a garantia da participação “plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança, em todos os níveis de tomada de decisão, na vida política, económica e pública”.  (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5, s/ d.) 

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O que é igualdade de género?
A igualdade de género implica direitos iguais para mulheres e homens, meninas e meninos, bem como a mesma visibilidade, empoderamento, responsabilidade e participação, em todas as esferas da vida pública e privada. Também implica igualdade de acesso e distribuição de recursos entre mulheres e homens. (Fonte: COE

 

(Des)igualdades de género no desporto
Os dados do relatório final sobre igualdade de género no desporto em Portugal, apresentado no final de janeiro de 2023, mostram que 79% das mulheres entre os 25 e os 39 anos raramente ou mesmo nunca praticam desporto, indicando “uma acrescida dificuldade da conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional e tornando mais visíveis os obstáculos que se apresentam às mulheres, na prática de atividade física e desporto ao longo da vida”.  (Grupo de Trabalho para as políticas públicas em matéria de igualdade no desporto - Relatório final, 2023, p. 6) O mesmo relatório indica também que os homens dominam a participação no desporto federado: “as raparigas e mulheres correspondiam a apenas 28% das pessoas praticantes filiadas em federações desportivas com e sem modalidades olímpicas”. (idem)


Desigualdade salarial
Apesar do aumento no número de atletas do sexo feminino a participar nos Jogos Olímpicos,  de acordo com o Conselho da Europa há evidentes disparidades salariais entre homens e mulheres no desporto de alta competição, incluindo ganhos contratuais, patrocínios e prémios em dinheiro. 


Todos os anos a Forbes publica uma lista dos atletas mais bem pagos do mundo. Em 2019, Serena Williams é a única mulher a entrar na lista, mesmo assim em 63.º lugar.
Outro aspeto importante a ter em consideração são as grandes discrepâncias entre o desporto profissional e o não profissional. Algumas federações esportivas não reconhecem o estatuto de desporto profissional a mulheres. Também neste caso, as diferenças salariais persistem em, com mulheres atletas raramente a entrar em competições nacionais ou internacionais.


Treinadores, treinadoras e Liderança
Embora haja uma falta geral de dados centralizados desagregados por género sobre treinadores credenciados a nível europeu, é geralmente reconhecido que há uma sub-representação significativa de treinadores do sexo feminino em todos os campos e níveis esportivos. As mulheres representam uma pequena minoria dos treinadores empregados em desporto de alta competição. As treinadoras são mais propensas a treinar atletas em desportos típicos ‘femininos’ do que em desportos ‘masculinos’ tradicionais. Elas treinam quase exclusivamente mulheres, jovens ou crianças.


Apesar do aumento gradual das taxas de participação feminina no desporto, ainda há poucas mulheres em cargos de liderança nos Comités Olímpicos e Paraolímpicos, nos órgãos reguladores do desporto europeu e nacional e nas federações desportivas nacionais. Dados do Comité Olímpico Internacional mostram que as mulheres constituem apenas 6,3% dos presidentes dos Comités Olímpicos Nacionais (CON) (13 de 205) e 15,2% dos secretários gerais dos CON (31 de 205). De 22 países europeus, apenas a Noruega está a liderar o caminho e perto da paridade de género com as mulheres a ocupar 43% dos cargos de liderança, enquanto em 13 países de 22 menos de 30% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres.


Chamar à atenção para mudar
Estes dados, aliados à dificuldade particular de atletas mulheres na prática do desporto, reforçam a necessidade da chamada de atenção e sensibilização para a causa da igualdade de género no artefacto. 

Sensibilizar

para a construção de um mundo mais igualitário e inclusivo para todas as pessoas… também no desporto!

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