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Conceitos

Para a igualdade de género no desporto através da média-arte digital

Conceitos e formatos

A forma do cubo surgiu da ideia do portal para o visitante da experiência MAD Paralelo 3 aceder a outra realidade, cujo conceito pode ser relacionado com o universo, em termos de representação de uma estrutura e espaço tridimensionais. O cubo é um símbolo e uma metáfora para um portal de acesso ao interior de outro universo (a sala de exposição), que permite ver e aceder, à sua volta e no interior, a diversos outros universos, realidades e vidas.

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O cubo pode simbolizar a estrutura do universo e sua capacidade de conter objetos e matéria dentro dele. Além disso, representa um espaço finito e limitado, que pode ser comparado ao universo observável, que tem limites para o que podemos ver e compreender. Serve também de metáfora para a empatia: ver os outros através de nós próprios (e vice-versa).

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A forma oval das entradas está presente nas faces e é multiplicada no artefacto. Surge do ovo, importante símbolo da criação. Desde o nascimento do mundo ou do universo, passando por muitas mitologias ou pelo Antigo Egipto, o ovo também representa a renovação do ciclo da natureza: (re)criação. Remete, portanto, para a mulher.

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O tema do universo e das realidades paralelas são também metáfora. O paralelismo vem do wormhole (buraco de minhoca), cuja existência está ainda por provar, muito embora até já esteja prevista na Teoria da Relatividade Geral. O que o distingue do comprovado buraco negro é o que provavelmente acontece quando neles se cai: eventualmente, “qualquer coisa que entrasse em uma das bocas de um buraco de minhoca poderia sair pela outra boca. Assim, há uma série de possibilidades, tais como buracos de minhoca que levam a outras galáxias e talvez até mesmo a outros universos.” (D. Cavalcante)

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Não me interessou analisar a existência destas ‘minhocas’ espaciais, mas antes a ideia do universo em imagem espelhada do nosso, partindo do princípio que, depois do Big Bang, a expansão não se deu numa mas sim em duas direções:

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“The expansion after the simulated Big Bang didn’t just happen in one direction, but two. The simple Big Bang they modeled produced two universes, one a mirror of the other. In one universe, time appears to run forwards. In the other, time runs backwards, at least from our perspective.” (PBS

 

“After decades of tantalising hints about its existence, the first experiments aiming to go through the looking glass are about to get under way. Finding such a mirror universe would not only transform our view of reality, but could also answer questions about our own universe that have puzzled scientists for decades.” (New Scientist)

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Em princípio um buraco não tem nada, não ‘existe’, é vazio, mas está lá! É este paradoxo que me fascina. É a ideia de buraco, e as suas multiplicações / multiversos, que explorarei na experiência do meu artefacto, de travessia de um universo para outro em espelho (mirrorverse). A ideias de espelho, reflexos e distorções está sempre presente na experiência deste ‘universo’ de Média-arte Digital, que projeto ser ‘infinita’, tanto quanto o visitante ou a imaginação ou o conhecimento o queiram.

Sensibilizar

para a construção de um mundo mais igualitário e inclusivo para todas as pessoas… também no desporto!

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